O destino do atacante Wellington Nem já está decidido.

O destino do atacante Wellington Nem já está decidido.

Logo em sua primeira temporada no Barcelona

Logo em sua primeira temporada no Barcelona, Neymar pode encarar um desafio complicado na Liga dos Campeões.

A seleção japonesa já pode renovar o visto para o Brasil

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Comum é uma palavra que jamais pode se aplicar a Hernanes.

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Muricy deixa o comando do Santos

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terça-feira, 4 de junho de 2013

Brasilidades: Hernanes vai do amor pela bola à ciência no futebol

Comum é uma palavra que jamais pode se aplicar a Hernanes. O volante - que também faz as vezes de meia, já foi lateral dos dois lados, e até atacante - é uma das figuras mais raras do meio do futebol. Com frases curiosas, profundas, quase enigmáticas, que lhe renderam o apelido de Profeta, e a parceria de um cientista para desenvolver seu jogo, o camisa 8 do Lazio tem em comum com a maioria dos brasileiros o amor pela bola. Amor mesmo, a ponto de terem dividido a cama durante a infância do atleta.
Durante seus cinco anos como profissional do São Paulo, Hernanes teve muitos parceiros, mas nenhum mais inseparável do que a bola. Andava para todos os cantos do extenso centro de treinamento do clube sempre acompanhado do objeto. Ou nas mãos, ou com ela passeando em seus ombros, fazendo embaixadinhas... Um hábito que vem desde criança, quando começou a treinar futsal no Unibol.
- Eu ia de casa até o ponto de ônibus driblando os postes, fazendo tabelas com os muros, batendo a bola. Nunca percebi se alguém ficava olhando porque estava concentrado, mas sei que nunca me abordaram - lembra o Profeta, que jamais perdeu uma bola por falta de controle nas andanças pelas ruas de Recife.
Mosaico Brasilidades Hernanes (Foto: Editoria de Arte)
Pouco, até, para quem chegou a dormir com a bola só para já estar com ela quando acordasse. Mania que moldou, inclusive, a maneira do brasileiro atuar.
- Sempre fui um cara que, em campo, gostava de tocar na bola, participar de todas as jogadas. Quando toco nela, me faz bem.
Hernanes viveu até os cinco anos de idade num engenho de São Lourenço, cidade do interior de Pernambuco. Pisava a cana de açúcar descalço e chutava bolas insistentemente jogadas pelo pai. No pé direito, depois no esquerdo, no direito, no esquerdo... O fato de ser ambidestro, raridade no futebol atual, principalmente no Brasil, é atribuído, em grande parte, ao treinamento totalmente amador aplicado em meio à cana.
Na infância simples do atual meia do Lazio, jamais faltou bola. O pai não podia ver um lançamento na televisão, que investia. Um investimento certeiro. Uma confiança que nem Hernanes sabe explicar de onde vem, mas que originou sua paixão pelo objeto redondo. Tanto que em 2000 viajou para a capital paulista com Geilson, pai de dois amigos que fariam testes em clubes de futebol. Eles não passaram, mas o teimoso Hernanes, depois de reprovações em Corinthians, Palmeiras, Portuguesa e Santos, recebeu sinal positivo no São Paulo.
hernanes seleção brasileira (Foto: Wander Roberto/VIPCOMM)Hernanes tem se firmado na Seleção de Luiz
Felipe Scolari (Foto: Wander Roberto/VIPCOMM)
Em Recife, o garoto jogava futsal, o que facilitava sua obsessão em tocar na bola o tempo todo. Mas no campo ele teve dificuldade. A bola não chegava, os companheiros não o procuravam. Foram quase quatro anos de frustrações, dispensas e reviravoltas, já que a diretoria tricolor se arrependeu de abrir mão do futuro craque ao saber que ele já estava passando noites no rival Corinthians.
- Foi a fase mais difícil da minha carreira porque tinha muita dificuldade para jogar. No futsal as coisas aconteciam espontaneamente, davam certo. Então, comecei a desenvolver um trabalho de concentração e exercícios para aprimorar minha técnica e ficar mais forte fisicamente. Precisava pensar e descobrir uma nova maneira.
A prática deu tanto gosto a Hernanes que, em 2008, ele passou a contar com a ajuda do amigo J. Alves, um cientista que estuda o futebol e lhe ensina técnicas para desenvolver seus fundamentos. Coincidência ou não, naquele ano Hernanes foi eleito melhor jogador do Campeonato Brasileiro, no terceiro título consecutivo do São Paulo: as finalizações com as duas pernas, as largas passadas e os desarmes com movimentos de capoeira surgiram em campo e chamaram atenção. Na verdade, ele só passou a utilizar na profissão o que já trazia da infância.
- Jogava capoeira nas ruas. Eu já havia escutado falar do método desse cientista, e tentava executar, até que começamos a trabalhar juntos.
Na Itália, Hernanes abandonou um pouco a bola. Não porque se cansou dela, mas por ter decidido apostar na parte física, essencial para o sucesso de um brasileiro na Europa. O trabalho com o cientista ainda segue em prática. O motivo? O volante/meia acha que ainda não atingiu seu máximo. Sorte da Seleção...
- Vamos continuar até eu atingir o que imagino que posso. Acho que no máximo mais um ou dois anos. E depois teremos o trabalho de manter.

Japão sofre até os 45, mas empata com Austrália e garante vaga na Copa

A seleção japonesa já pode renovar o visto para o Brasil. Rivais do time de Luiz Felipe Scolari na abertura da Copa das Confederações, no dia 15 de junho, os "Samurais Azuis" garantiram nesta terça-feira uma vaga na Copa do Mundo: com um gol de pênalti de Honda aos 45 minutos do segundo tempo, a equipe empatou em 1 a 1 com a Austrália, Saitama, tornou-se a primeira a conseguir a classificação para 2014 pelas eliminatórias e vai disputar seu quinto Mundial seguido.
A torcida japonesa, que lotou o estádio, levou um susto aos 37 da etapa final, quando Tommy Oar tentou fazer um cruzamento e acabou encobrindo o goleiro Kawashima. Mas o árbitro Nawaf Shukralla marcou pênalti para os donos da casa já no último minuto, por toque de mão de McKay, e Honda não desperdiçou a chance: chutou forte no meio do gol e classificou o Japão para a Copa de 2014.
Com 14 pontos, a seleção treinada pelo italiano Alberto Zaccheroni lidera o Grupo B da quarta fase das eliminatórias asiáticas, seguido por Jordânia e Austrália (sete), Omã (seis) e Iraque (cinco). O Japão ainda faz mais um jogo antes da viagem ao Brasil para a Copa das Confederações: contra os iraquianos, na próxima terça, no Catar.
torcida Japão jogo Austrália eliminatórias (Foto: Reuters)Torcida japonesa lota o Estádio de Saitama no empate de 1 a 1 com a Austrália (Foto: Reuters)
Os dois primeiros colocados de cada chave da Ásia garantem classificação direta para a Copa de 2014. Os terceiros farão um mata-mata para definir quem enfrentará o quinto da América do Sul na repescagem.

As melhores campanhas do Japão em Copas foram em 2002 e 2010, quando caiu nas oitavas de final. Em 1998 e 2006, o time não passou da primeira fase. Atual campeão da Copa da Ásia, a equipe japonesa tem quatro títulos do continente: 1992, 2000, 2004 e 2011.
Até hoje, o Japão disputou quatro vezes o Mundial: 1998, 2002 (sede ao lado da Coreia do Sul), 2006 (treinado por Zico) e 2010. Em todas, a seleção japonesa contou com um jogador brasileiro naturalizado: Wagner Lopes (1998), Alessandro Santos (2002 e 2006) e Túlio Tanaka (2010). Atualmente, Zaccheroni não conta com nenhum brasileiro no elenco.
Alberto Zaccheroni comemoração Japão Eliminatórias (Foto: Getty Images)Jogadores dão banho em Zaccheroni após a classificação do Japão para 2014 (Foto: Getty Images)
Estádio lotado faz a festa para os "Samurais Azuis"
O Japão contou com casa cheia para comemorar a vaga nesta terça-feira: 62.172 pessoas compareceram ao Estádio de Saitama. O técnico Zaccheroni escalou a seleção com Kawashima, Uchida, Yoshida, Konno, Nagatomo, Endo, Hasebe, Kagawa, Honda, Okazaki, e Maeda. Pelo lado australiano, o alemão Holger Osieck montou o time com Schwarzer, Wilkshire, Neill, Ognenovski, McKay; Kruse, Milligan, Bresciano, Oar; Holman e Cahill.
torcida Japão jogo Austrália eliminatórias (Foto: Reuters)A primeira boa chance do jogo foi uma cobrança de falta de Endo, aos cinco minutos, rente à trave direita de Schwarzer. O Japão tinha mais posse de bola e voltou a assustar os "Socceroos" com Endo aos 15, quando o camisa 7 driblou Bresciano fora da área e bateu rente ao travessão.
Torcida japonesa usa bandeira do Brasil paraTrês minutos depois, o melhor lance japonês no primeiro tempo: Kagawa chutou da marca do pênalti, mas Schwarzer fez linda defesa, no reflexo, com apenas uma mão e salvou os visitantes.
A Austrália passou a criar oportunidades a partir dos 30. A melhor foi aos 34, em dois lances seguidos. Primeiro, Kruse recebeu lindo passe de Holman nas costas da zaga e bateu, mas o goleiro Kawashima salvou. No rebote, Cahill mandou por cima.
O ritmo dentro de campo diminuiu na etapa final (na arquibanca, a torcida japonesa não parou de cantar durante os 90 minutos). Mas o Japão esteve bem perto de fazer o gol da vitória: aos 13, Kagawa, pela esquerda da área, arriscou por cima de Schwarzer com um belo toque e acertou o travessão australiano.
O placar de 0 a 0 classificava o Japão. A torcida já fazia festa, mas os "Socceroos" calaram o estádio: aos 37, Tommy Oar tentou o cruzamento da esquerda da área, a bola pegou efeito e encobriu Kawashima, que não conseguiu tocar nela.
A agonia japonesa só acabou aos 45, quando o árbitro marcou pênalti após o toque com a mão de McKay na área. Honda cobrou forte, no meio do gol, e deu o empate salvador aos donos da casa: 1 a 1.
Japão x Austrália Eliminatórias Copa (Foto: Getty Images)
Com a classificação garantida, Zaccheroni pode até poupar jogadores contra o Iraque na próxima semana, já que a seleção japonesa chegará a Brasília às vésperas da estreia na Copa das Confederações. O italiano convocou 26 atletas para as eliminatórias e terá que cortar três para o torneio no Brasil. A lista completa é a seguinte:
Goleiros: Eiji Kawashima (Standard Liege - Bélgica), Shusaku Nishikawa (Sanfrecce Hiroshima), Shuichi Gonda (FC Tokyo)
Defensores: Yuichi Komano (Jubilo Iwata), Yasuyuki Konno (Gamba Osaka), Yuzo Kurihara (Yokohama F. Marinos), Masahiko Inoha (Jubilo Iwata), Yuto Nagamoto (Inter de Milão - Itália), Atsuto Uchida (Shalke - Alemanha), Maya Yoshida (Southampton - Inglaterra), Hiroki Sakai (Hannover - Alemanha), Gotoku Sakai (Stuttgart - Alemanha)
Meio-campistas: Yasuhito Endo (Gamba Osaka), Kengo Nakamura (Kawasaki Frontale), Makoto Hasebe (Wolfsburg - Alemanha), Hajime Hosogai (Bayer Leverkusen - Alemanha), Keisuke Honda (CSKA - Rússia), Hideto Takahashi (FC Tokyo)
Atacantes: Ryoichi Maeda (Jubilo Iwata), Shinji Okazaki (Stuttgart - Alemanha), Mike Havenaar (Vitesse - Holanda), Takashi Inui (Eintracht Frankfurt - Alemanha), Shinji Kagawa (Manchester United - Inglaterra), Hiroshi Kiyotake (Nuremberg - Alemanha), Masato Kudo (Kashiwa Reysol), Keigo Higashi (FC Tokyo)

Primeiro 'teste' de Neymar: Liga tem chance de grupo da morte para Barça

Logo em sua primeira temporada no BarcelonaNeymar pode encarar um desafio complicado na Liga dos Campeões. Com todos os 76 classificados para o torneio definidos, há o risco de a equipe catalã encarar um “grupo da morte” logo na primeira fase da maior competição da Europa, no que seria o primeiro teste de fogo do atacante nesta nova etapa da carreira.
O Barcelona está garantido como um dos cabeças de chave da Champions, mas ainda assim, pode ter vida difícil. Na pior das hipóteses, considerando um cenário em que os times com maior coeficiente avancem nas fases eliminatórias, os catalães enfrentariam Paris Saint-Germain, Manchester City e Napoli. Outros adversários que podem cruzar o caminho blaugrana são Juventus, Borusia Dortmund, Milan e Atlético de Madri, dependendo do sorteio, que ainda não tem data definida.
Mas Neymar, Messi e companhia não precisam ficar extremamente preocupados. Também há a possibilidade de o Barcelona encarar um grupo mais acessível, com adversários como CSKA Moscou, Basel e Apoel Nicosia, do Chipre, caso os deuses do futebol sejam benevolentes com os catalães.
Neymar apresentação Barcelona  (Foto: Getty Images)Como funciona o sorteio
O sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões utiliza o coeficiente de cada equipe, definido pelo desempenho do time nos últimos cinco anos, para criar quatro chaves diferentes. No primeiro pote, com os cabeças-de-chave, estão garantidos Barcelona, Bayern de Munique, Chelsea, Real Madrid, Manchester United, Porto e Benfica. O Arsenal, que disputa uma fase preliminar, também fará parte desta seleta turma, caso se classifique. Do contrário, o Atlético de Madri, líder do segundo pote, ganha uma “promoção”.
Apesar desta divisão, a chance de times fortes formarem um grupo da morte acontece porque a Uefa leva em consideração as últimas temporadas disputadas. Assim, o Borussia Dortmund, atual vice-campeão, está apenas no terceiro pote, enquanto Napoli e Bayer Leverkusen, “sumidos” nos anos anteriores, ocupam a quarta chave.
Lionel Messi Barcelona PSG Champions (Foto: Getty Images)Fase preliminar pode reservar surpresas
Se o Barcelona pode encarar pedreiras na fase de grupos, nas rodadas anteriores alguns times de tradição também podem ter problemas. Incluídos no grupo dos não-campeões – equipes que se classificaram para a Champions sem vencer seus campeonatos nacionais - Milan, Arsenal e Schalke 04, por exemplo, ainda precisam se garantir no sorteio das chaves. Por isso, podem encarar times como Real Sociedad, Fenerbahçe e PSV. Paços de Ferreira (Portugal) e Metalist (Ucrânia) já estão garantidos nesta fase.
O Lyon, por sua vez, tem uma tarefa ainda mais complicada. O time francês, terceiro colocado na Ligue 1, precisará vencer duas eliminatórias antes de assegurar presença entre as 32 principais equipes da Europa. Zenit, da Rússia, e PSV também estão nesta situação.
Confira como ficaria a divisão do sorteio da fase de grupos, caso os times com maior coeficiente avancem. A ordem das equipes também está de acordo com a pontuação deles. Em asterisco estão aqueles que disputam as rodadas preliminares:
Pote 1: Bayern, Barcelona, Chelsea, Real Madrid, Manchester United, Arsenal*, Porto e Benfica
Pote 2: Atlético de Madrid, Lyon*, Shakhtar Donetsk, Milan*, Schalke 04*, Olympique Marseille, CSKA Moscou, Paris Saint-Germain
Pote 3: Juventus, Zenit*, Manchester City, Ajax, Borussia Dortmund, Basel*, Olympiakos, Galatasaray
Pote 4: Bayer Leverkusen, Copenhague, Napoli, Anderlecht, BATE Borisov*, Celtic*, Steaua Bucareste*, APOEL Nicosia*.

Destino de Nem é o Shakhtar, e atacante já é aguardado na Ucrânia

O destino do atacante Wellington Nem já está decidido. No último fim de semana, o jogador de 21 anos aceitou a proposta salarial do Shakhtar Donetsk. A oferta de cerca de 9 milhões de euros - aproximadamente R$ 25 milhões - também agradou o Fluminense e o jovem já é esperado até o fim da semana na Ucrânia para a realização dos exames médicos. A diretoria tricolor tinha estipulado o valor mínimo de 8 milhões de euros (cerca de R$ 22,4 milhões) para negociar o atacante revelado em Xerém.
Wellington Nem, Fluminense x Criciuma (Foto: Agência Photocamera)
Nem precisa apenas marcar a data da viagem para Donetsk, mas será nos próximos dias. Por lá, o atacante terá a ajuda de vários brasileiros para se adaptar: casos dos meias Douglas Costa (ex-Internacional), Alex Teixeira (ex-Vasco) e ainda dos atacantes Taison e Luiz Adriano (ambos revelados pelo Internacional). Além do Shakhtar, recentemente o Napoli e o CSKA Moscou também chegaram a conversar com o Fluminense, mas sempre com valores inferiores e sem uma proposta concreta. Apesar da iminência da venda, o diretor executivo de futebol das Laranjeiras, Rodrigo Caetano, preferiu manter a cautela sobre o assunto.
- Não tem nada certo e seguimos com a mesma postura - despistou o dirigente tricolor, que só considera uma negociação fechada após a aprovação do jogador nos exames médicos e a respectiva assinatura do contrato.
Depois de não conseguir repetir em 2013 o rendimento da temporada passada, Wellington Nem é visto como grande chance de alívio para os cofres tricolores. A diretoria entende também que a hora de negociá-lo é agora, antes de uma possível desvalorização. Atualmente, o Fluminense possui 60% dos direitos ecônomicos do atacante. O restante é dividido entre o empresário Eduardo Uram (30%) e a Unimed, que passou a ser dona de 10% após a compra do atacante Rafael Sobis no meio do ano passado.